Bordado à mão: artesanato que combina técnica e afeto

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Associada da Unitec Ana Cristina Truss Elicker destaca que o bordado é um elemento antigo na decoração de ambientes e no acabamento para o vestuário, e no momento está em alta
O bordado é uma técnica de criar desenhos e padrões em tecidos usando agulhas e fios que ocorre desde a pré-história. Esta arte, sem dúvidas, alia técnica e afeto.
A associada da Unitec Ana Cristina Truss Elicker, que é instrutora do Senar-RS em cursos desta área, explica que, dentre os vários tipos de bordados à mão, o que mais chama atenção hoje são os ‘bordados da vovó’, que vão desde o simples ponto corrente até elaborados, como o ponto Palestrina ou pintura de agulha.
“O bordado é um elemento antigo na decoração de ambientes e no acabamento para o vestuário, e no momento está em alta, então é hora de aproveitar para alavancar as vendas e dar um diferencial em nossos trabalhos”, destaca. Ana afirma que as possibilidades em pontos são muito vastas, ampliando, assim, o leque de opções em bordado a serem aplicados nos diferentes materiais e ideias.
“Como fonte de renda, o bordado é uma boa opção, pois pode ser comercializado em feiras, lojas que gostam de um produto diferenciado, encontros de amigas ou no conforto do lar, contribuindo na renda familiar. E se assim não o for, proporcionará muitas horas de lazer e bem-estar, deixando a casa ou vestuário com aquele toque de carinho, ou ser aquele presente único para alguém”, acrescenta.
Nos cursos que ministra, a instrutora diz que em relação às habilidades, a participante consegue desenvolver a coordenação motora, a percepção de cores, noção de espaço e a cognitividade entre o risco do desenho e a aplicação do ponto apropriado no trabalho. E, atrelado a isso, a sensação de conquista e satisfação no resultado final.
“Quando se borda uma peça de vestuário, por exemplo, se mexe com a autoestima, a ressignificação desta peça, desenvolve-se a sustentabilidade, transformando o olhar do entorno, mexe com a criatividade e tendências, podendo gerar uma ‘necessidade’, o que pode levar à venda”, ressalta.
Ana conta que, ao iniciar um novo curso, sempre traz a expectativa de ver os trabalhos e a evolução de cada participante, pois algumas partem do absoluto zero e ao final já estão dominando algumas técnicas.
“A melhor parte é conhecer novas pessoas e poder contribuir de alguma forma em suas vidas, seja na geração de renda ou na realização pessoal. Nem sempre o participante busca uma forma de renda; muitos buscam uma forma de aliviar as tensões do dia a dia, pois a cada ponto concluído está uma conquista, o que gera bem-estar e pode desencadear um ambiente mais tranquilo e harmonioso”, revela.
Ana reside em Ibirubá e é formada em Decoração de Interiores. Instrutora do Senar-RS desde 2023 nos cursos Bordados à mão, Bonecos de pano, Introdução à costura e Patchwork, conta que o artesanato faz parte do seu dia a dia desde a adolescência.
“Fiz vários cursos no decorrer dos anos, muitos deles no Senar-RS, o que contribuiu para estar ministrando aulas hoje. Em 2008 abri meu atelier, ministrando cursos de pintura em madeira e com o tempo migrei para os bordados, bonecos de pano e patchwork, que são hoje o foco principal”, finaliza.
Desde 2013 Ana atua junto à oficina terapêutica de Ibirubá, auxiliando pessoas a obterem momentos de atividade e convívio social por meio do artesanato, e em 2014 atuou junto ao Pronatec - Mulheres Mil, ministrando cursos de bordados à mão.
Interessados em participar dos cursos do Senar-RS devem procurar o Sindicato Rural de seu município ou região.
Texto: Assessoria de comunicação Unitec
Jaqueline Peripolli / Jornalista MTE 16.999
Fotos: Divulgação